KHOURY, YARA MARIA AUN. As greves de 1917 e o processo de organização proletária.

Brasil- História do anarquismo greve São Paulo (Brasil)

Mestrado. Orientador: Leda Maria Pereira Rodrigues. Data da defesa: agosto 1978. PUC/SP
RESUMO
O trabalho observa essencialmente a amplitude e o modo de atuação do movimento operário no processo de luta de classes expresso na conjuntura de greves de 1917. Estuda o confronto das forças sociais manifestado através da imprensa, visando principalmente à ação coletiva do proletariado, liderado, na época, pelos anarco-sindicalistas. Analisando nove jornais da grande imprensa, da imprensa independente e da operária, busca perceber o modo como trabalhadores em São Paulo formulam sua luta e agem num campo de forças agravado pela primeira guerra mundial, pela exploração excessiva da mão de obra e pela carestia da vida. Sua organização amplia-se através das ligas, sindicatos, jornais e greves parciais e gerais. Na medida em que os trabalhadores se organizam, aparelham-se para maiores conquistas e, nas lutas, fortalece-se a visão que têm de si mesmos dentro do processo. Em meio à reação empresarial, articulada a órgãos da polícia, da Justiça e ao próprio poder executivo, alguns jornais revelam intenções de mitigar, atenuar, ou de desmoralizar o movimento, enquanto outros manifestam apoio e articulações em favor dos trabalhadores. Os jornais operários funcionam como articuladores da luta. Nesse embate, destaca-se a ação de órgãos da imprensa independente, que atuam como mediadores entre operários, empresários e governo. A dissertação é organizada em seis capítulos e traz abundante material dos periódicos: A Capital, O Combate, Correio Paulistano, Diário Popular, O Estado de São Paulo, Jornal do Comércio, A Nação, A Platéia, A Plebe, sendo que os principais artigos são destacados em 42 anexos.
Arquivo Edgard Leuenroth
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