VALVERDE, MONCLAR EDUARDO GÓES DE LIMA. Militância e poder (balizas para uma genealogia da militância)

sindicalismo: anarcosindicalismo Brasil- História do anarquismo

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Orientador: Maria Stella Martins Bresciani. Data da defesa: abril 1986. IFCH
RESUMO
O projeto de pesquisa do qual se originou o presente texto tinha como objetivo o estudo historiográfico da conjuntura em que se teria caracterizado o declínio da predominância anarquista (isto é, anarco-sindicalista) sobre o“movimento operário” brasileiro e início da liderança comunista - o que compreenderia todo um conjunto de ações e textos situados, ao menos a princípio, entre a primeira das últimas grandes manifestações “libertárias” (a grevede1917 em São Paulo) e a formação do Partido Comunista do Brasil (entre sua fundação, em 1922, no Rio de Janeiro, e o Congresso de 1925, pelo menos). Osprimeiros exercícios de interpretação do material disponível (cf. o capítulo VI : Uma História Tautológica), apontaram, contudo, no campo de disputas entre modelos distintos de militância, a tematização recorrente de conceitos que se mostram afinal constitutivos da militância enquanto tal, em suas “relações” com a Sociedade, a História e a Política. O trabalho desenvolvido consistiu, então, a partir daí, numa investigação teórica e metodológica acerca daqueles temas e conceitos fundamentais. Pouco a pouco, tornou-se evidente que o sentido e até mesmo o “fato” de uma “história do movimento operário” só poderiam ser pensados a partir de uma genealogia da militância, que procurasse descobrir o seu próprio jogo de forças, revelando assim o sentido estratégico de sua definição no sentido histórico do “movimento operário”.
 Arquivo Edgard Leuenroth